5.10.06

O sono que não vem

Deixo-me conquistar pelo sono que não vem em improvisos que são o cenário dos caprichos que não me deixam adormecer. Os meus desatinos dão trambolhões sobre a madrugada desajeitada que se faz longa.
Colecciono as pinturas que trafiquei com os meus sonhos no acanhamento habitual que me irrita. Nunca tive jeito para pintar!
No ar soltam-se palavras bonitas que caiem nos meus ombros e que se espalham desordenadamente na margem dos meus desabafos...oiço-os silenciosamente e espreguiço-me sobre o tempo perdido à espera do amanhã.
Bárbara

4 comments:

Jorge P. Guedes said...

Texto bonito, Bárbara, um daqueles que escrevemos quando estamos a sós com os nossos sonhos ou com as nossas memórias.
Muito bem construído e tranquilamente terminado.
Gostei!

Um abraço
Jorge G

Bárbara said...

Ainda bem! Começa a ser muito importante a sua opinião!!


Um abraço
Bàrbara

Jorge P. Guedes said...

Obrigado, Bárbara, mas não pretendo ser conselheiro nem paternalista.
Mas tens a idade do meu filho, sabes, e noto por aí alguns laivos de melancolia.
Para cima! Cabeça bem levantada e sorrir, sorrir sempre!

Bárbara said...

È só a maneira que encontro para me exprimir. Vivo a vida sempre com alegria, até porque ela é maravilhosa. Para cima!


Abraço.
Bárbara