30.1.08

Manhã

Hoje acordei com flores do campo no colo que emanam sínteses incompletas daquilo que sou. Nem eu, as Margaridas e as Hortênsias, nem as copas das árvores desnudas que espreitam curiosas, despertas pelo cheiro do café matinal, me conhecem tão bem.
Tu conheces-me, desarmas-me em acanhamentos que trespassam as vergonhas de uma criança. Corro pelo teu destino como se rebolasse em vales apinhados de cores e águas que perdem o seu tino.
Fico quieta e deixo-me encantar pela sonância da natureza. Fecho os olhos, aperto-os mesmo contra o coração, e trago-te comigo num quotidiano inventado por mim.

Bárbara

2 comments:

Lunapapa said...

E que bom é viver nesse quotidiano, mesmo que inventado. Um quotidiano tão próprio, em que todos os cantos são conhecidos. Mergulha-se nele e todos os sentidos são tocados. Pena ter que se emergir às vezes.**

Benny said...

Estas tão floral...serão prenucios primaveris?!? ;p
Beijinhos,minha flor...