29.7.08

Esconderijo XV

Tenho as certezas do meu coração, as verdades puras iguais aquelas que temos quando somos pequenos. Não me valem de muito, não conseguimos mudar as coisas sozinhos...Seria sensato esquecer estas pulsações, se calhar apagá-las no silêncio do meu espirito, contrárias às esperanças que não tens e às expectativas que não me podes dar.
Se eu fosse maior do que aquilo que sou lutava aliada à simplicidade da minha alma por ti, amortecia todas as tuas dores, essa falta de acreditação nas coisas e amava-te no sopro dos meus desejos sempre tão desajeitados.
Hoje apetecia-me escrever uma carta ao António Lobo Antunes para lhe perguntar: "Quando não souberes de que forma o meu coração bate por ti... pergunta aos pássaros, eles que voam nas perpétuas marés do vento e do tempo." Nem ele, nem a leveza dos pássaros, nem a profundidade das marés, nem a velocidade do vento me conseguiram responder, espero a resposta do tempo.
Bárbara

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