12.11.08

Esconderijo XVII

Tu és o meu amor que dava um filme, uma longa metragem feita de corações que estreia sempre que estamos juntos. És aquele filme de género, um filme fantástico, que não acontece sempre no cinema como na vida. O argumento para aquilo que sou na disfuncionalidade da minha fita e na perfeição dos meus diálogos, o meu herói, o meu cowboy, a explosão e os tiros da minha consciência, aquele que salva o meu mundo sem aviso prévio e que faz das minhas telas pretas e brancas uma animação colorida. Depois da acção que me foste e que me és, não há filme tão excitante como o nosso, não há romance tão perfumado e inspirador, és sempre o prolongamento do nosso primeiro beijo tão longo e demorado como nós. O plano somos os dois. A estrutura do guião é o relance do que gostamos, das músicas que nos inquietam, dos lençóis que amarrotamos, do tempo que estamos juntos, das lágrimas que nos enchem e dos risos que nos libertam, somos o texto homogéneo a uniformidade das personagens que só nos pertencem a nós e a mais ninguém. És tu o foco deste filme quando ele é realista e intencionalmente mais sério mas também mais emocional, és o dono de todos os meus ensaios, de todas as minhas fases, de todo o meu crescimento, és a razão para a minha forte interpretação...o filme de autor dos meus sonhos.
Bárbara

1 comment:

Lunapapa said...

Ou me engano ou esse coracao ja anda mais aconchegado? Mais sossegado? Espero que sim... Beijo, R.