8.10.06

Os Domingos são assim




Penso na despedida como um encontro simples e claro.

Bárbara

8 comments:

Anonymous said...

É quando um espelho, no quarto
se enfastia;
quando a noite se destaca
na cortina;
quando a carne tem o travo
da saliva
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
quando a força de vontade
ressuscita;
quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
É quando às sete da noite
morre o dia
- que dentro das nossas almas
se ilumina
com luz lívida, a palavra
despedida.

David Mourão Ferreira

Jorge P. Guedes said...

(Grande, grande poeta foi David Mourão Ferreira!)

Bárbara, prevejo na tua frase algo de definitivo. Será assim?

Para mim, "pensar na despedida como um encontro simples e claro" é impossível em vida.E isto porque as despedidas não são, na minha opinião, actos nem simples nem definitivos. Adoro o "au revoir"!

Um abraço
Jorge G

Bárbara said...

È certo que não, mas pensar na despedida com simplicidade e sem grandes problematizações é mais fácil principalmente para quem não a quer, PENSAR, aqui é o imperativo, já que sentir nunca acontece assim, ou julgo eu. Não sei bem.
Definitivos...espero que não.

Um Grande Abraço!!

Lana said...

sim
mas nunca como um esquecimento.
o seu blog é magnifico.
obg pela partilha
lana

Nídia said...

"Lost in Translation", estarei enganada?

A despedida implica o interromper momentâneo de uma ligação a algo ou a alguém, mas nunca o seu esquecimento... Pelo menos para nós...

Bárbara said...

Pois é minha querida!!!

Que saudades Nídia!

Sílvia said...

há uma beleza quase doentia no ritual do adeus...

linda imagem...um blog muito bom...

silvia*

Sílvia said...
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