29.11.08
21.11.08
18.11.08
17.11.08
12.11.08
Esconderijo XVII
Tu és o meu amor que dava um filme, uma longa metragem feita de corações que estreia sempre que estamos juntos. És aquele filme de género, um filme fantástico, que não acontece sempre no cinema como na vida. O argumento para aquilo que sou na disfuncionalidade da minha fita e na perfeição dos meus diálogos, o meu herói, o meu cowboy, a explosão e os tiros da minha consciência, aquele que salva o meu mundo sem aviso prévio e que faz das minhas telas pretas e brancas uma animação colorida. Depois da acção que me foste e que me és, não há filme tão excitante como o nosso, não há romance tão perfumado e inspirador, és sempre o prolongamento do nosso primeiro beijo tão longo e demorado como nós. O plano somos os dois. A estrutura do guião é o relance do que gostamos, das músicas que nos inquietam, dos lençóis que amarrotamos, do tempo que estamos juntos, das lágrimas que nos enchem e dos risos que nos libertam, somos o texto homogéneo a uniformidade das personagens que só nos pertencem a nós e a mais ninguém. És tu o foco deste filme quando ele é realista e intencionalmente mais sério mas também mais emocional, és o dono de todos os meus ensaios, de todas as minhas fases, de todo o meu crescimento, és a razão para a minha forte interpretação...o filme de autor dos meus sonhos.
Bárbara
10.11.08
8.11.08
Esconderijo XVI
Eu fujo e tu apanhas-me, tu foges e eu apanho-te. Brincamos assim às escondidas como a celebração dos intervalos que a vida não nos dá. Às vezes é giro outras vezes cansativo, às vezes perco eu, outras vezes perdes tu. Um jogo de criança que insistimos em jogar como o prolongamento de uma infância colorida que não queremos esquecer. Tu o tímido rapaz, eu a curiosa e faladora rapariga. Tu e hoje um forte homem e eu uma frágil mulher. Meu querido e ás vezes tão frágil que nem o teu colo em horas tão vagas e marcadas pintam de colorido todos os meus medos. Agora, eu procuro-te. È de ti que preciso em toda a urgência do meu amor. Tu às vezes lá te deixas apanhar assim devagarinho por entre um sorriso que se solta sem tu queres e o brilho nos teus olhos que se enche de esplendor sem tu contares. Olhas para mim sem na verdade nunca me olhares. E cuidas de mim mesmo sem os cuidados de outrora.
Gostas de te esconder na firmeza do teu ar e do teu corpo que fitam as promessas do amor. Descobres-me por entre o nosso suor que cheira a nascer do sol e a minha lingerie que te enrosca em movimentos de ternura que te levam até dentro de mim. Calas os meus suspiros contidos com os teus beijos e as tuas mãos. E pensamos os dois telepaticamente ( Será este (a) homem ( mulher) que é o da minha vida, aquele(a) que vai fazer parte dela todos os dias?), pensamentos que se confirmam pela intensidade da nossa respiração.
Agarras-me com força eu volto-me a esconder dentro de ti. Ganhas este jogo. Ganhas-me para sempre.
Gostas de te esconder na firmeza do teu ar e do teu corpo que fitam as promessas do amor. Descobres-me por entre o nosso suor que cheira a nascer do sol e a minha lingerie que te enrosca em movimentos de ternura que te levam até dentro de mim. Calas os meus suspiros contidos com os teus beijos e as tuas mãos. E pensamos os dois telepaticamente ( Será este (a) homem ( mulher) que é o da minha vida, aquele(a) que vai fazer parte dela todos os dias?), pensamentos que se confirmam pela intensidade da nossa respiração.
Agarras-me com força eu volto-me a esconder dentro de ti. Ganhas este jogo. Ganhas-me para sempre.
Bárbara
7.11.08
Efemeridades Quotidianas
O medo acolhe-me na companhia do frio. Amarei uma pessoa que não existe mais? Bela perda.
Bárbara
Bárbara
6.11.08
5.11.08
Efemeridades Quotidianas
deixei de saber dizer as coisas que realmente sinto à pessoa que mais gosto...não sou amarga, nunca fui, só sou mais triste.
Prometo-te devolver aquilo que tenho de melhor...na esperança que um dia saibas aceitar.
Bárbara
Prometo-te devolver aquilo que tenho de melhor...na esperança que um dia saibas aceitar.
Bárbara
4.11.08
3.11.08
Segredo
vestido
que tiro pela cabeça
nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa
Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço
Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar
nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar
Maria Teresa Horta (1937)
1.11.08
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