Tumultuosa a distância que vai delineando as nossas desculpas. Esgotam-se as sínteses e as procuras de uma leveza para as constantes despedidas. Apertam-se mãos, coram-se corações, encenam-se sorrisos, beijam-se promessas que estão difíceis de serem cumpridas, desnorteiam-se desejos precipitados, velam-se sonos como a única realidade.
Oiço as tuas palavras sem a certeza daquilo que me querem dizer, concentro-me nos sinais e esses dizem-me para não desistir porque isso é batota. Não vou e procuro-te abranger.
Confesso-me de forma embaraçada em resolutas contradições que me pedem para te amar, abraço o teu cheiro e desamparo e alcanço a tua fragilidade que se aproveita de mim. Desconcerto-me com a música que ouvimos e decifro os teus códigos, mas nunca entendo os meus.
Bárbara